Foi em um clima de descontração, tempo sobrando, ou nem tanto assim... que a idéia surgiu! “Bora tocar”... “Mas não tem letra bicho”... “E daí?”... “Tocar o que porra?”... Tocar música instrumental, cantada as vezes, experimental por natureza, alucinando no “psicodélica bicho”, proclamando escatologia e tal! Carlitus Picanço, Leonardo Vitor e Rafael Botelho começaram, então, um processo de “Jam” ensaios, cachaça na sexta, tequila no sábado depois do ensaio, descanso ou festas de aniversário no domingo, ensaio na quarta, na quinta, enfim...
Até que veio o nome. Godynez! Sim, com ípsilon mesmo, para fazer alusão ao personagem do fundão da sala do Chaves, o “Godiniz”. Nós tínhamos certeza que, crescendo mais um pouco, ele iria aliar seu gosto aos princípios da vida: água e luz (metáforas para “caldinho que escorre da boceta” e “internet”, rescpectivamente). Sim senhor, ele seria mais um desses mancebos desocupados, cansados de nada fazer, quase um delinqüente teclando num ritmo ritualístico à procura do broto seguinte.
Não se engane, não somos loucos, tocamos direitinho, mas nem se fossemos... no manicômio também é possível amar! Porque os princípios da vida não significam tanto sem as loucuras de amor. E se você ainda não foi ao manicômio para ver se é possível mesmo, o manicômio pode ir até você por meio de nós! Cantaremos o amor, tocaremos o amor falando palavrão pra caralho! Tocaremos as versões das músicas mais conhecidas e inusitadas! Tocaremos nossas alucinações autorais no idioma que você preferir! Revelaremos os segredos, o íntimo da perversidade que há em cada um neste mundo.
“E não se preocupe, você matuto pervertido, não pretendemos corromper a ética dos onanistas que balangando salientes o Ernesto na solidão apenas aproveitam, com toda a higiene e praticidade, um momento de folga para saciar a sede de gala do vaso sanitário. [...]Por outro lado, para os malacabados vagabundos, ordinários, nosso empenho será alertá-los, talvez como pretendem aquelas vinhetas do governo no quadro iluminado, alertá-los para o risco e desrespeito envolvidos no uso de vestuários, lençóis, colchões ou bichos de pelúcia como absorventes de esperma.”
Carapuça
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